Olá

     Influenciado pela minha mãe (exemplo de amor e doação) a fazer o vestibular de Fisioterapia em 1998, começo a descrever a vocês minha história contando a bela coincidência de ter sido formado na 1ª turma (2002) da mesma instituição (EMESCAM) em que meu pai, décadas antes, havia finalizado sua graduação na turma inaugural do Curso de Medicina (1973). Inspirado por ele, segui a especialidade da Fisioterapia Traumato-ortopédica. Desde a faculdade, o acompanhava vendo cirurgias e a forma como ele tratava seus pacientes, sempre de forma humanizada e estabelecendo forte aliança terapêutica.

     Minha grande escola foi o Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória, onde estive, ao todo, por mais de 17 anos. Lá, atuei visualizando cirurgias para aprender como as diferentes abordagens técnicas poderiam influenciar a reabilitação; atendendo pacientes no pós-operatório inicial, em nível de enfermaria; acompanhando os ortopedistas em seus ambulatórios e os auxiliando com a possibilidade de uma visão por outro prisma e atuando em ambulatório próprio da Fisioterapia. Uma experiência única que ajudou a forjar o que sou hoje.

Desde cedo me envolvi com a área acadêmica, como professor convidado e atuando em cursos de pós-graduação, inclusive com experiência prática. Nestes, pude apresentar a vários alunos, um pouco daquilo que vivia e considerava um privilégio.

     Atuar como professor do curso de graduação em que me formei é outro marco importante de minha vida profissional. Lá, fiz parte de disciplinas importantes, dividi a sala de aula com meus mestres e tive a oportunidade de viver a vida dos alunos, de uma forma mais intimista, no estágio supervisionado. Certamente aprendi mais do que ensinei!

Ao longo desse percurso, atuei em clínicas e outros hospitais, fui convidado a passar um pouco da minha experiência nos mais variados espaços de debate profissional multidisciplinar e, mantive aceso o ideal da educação continuada e permanente, com formações dentro e fora da minha área de atuação, como a gestão empresarial e pude auxiliar o local em que tive minha primeira oportunidade a restabelecer seu serviço de reabilitação, o idealizando e gerenciando. Além disso, nesse sentido, participei e ainda contribuo com entidades representativas de classe como o nosso Conselho Regional, a Abrafito (ES e Nacional).

     Acredito que a minha história me propiciou a habilidade com gestão de pessoas e solução de conflitos; desafiou, por vezes, a capacidade de liderança e, agora, neste novo projeto, põe à prova a minha criatividade na escrita, organização e gestão de processos, para redesenhar e aprimorar a forma como entregamos nossos serviços.

Por fim, me orgulho, sobretudo, de ter criado laços fraternos por onde passei e ter a consciência de que nunca faltaram respeito, humildade, ética e bons princípios em todas estas relações vividas